Nesta história não poderei envolver apenas o casal, a Joana e o Miguel. Sinto que também eu estou envolvido nela.
Sou amigo do noivo há muito tempo, fomos colegas de escola e desde então temos estado presentes na vida um do outro. Ao convidar-me para o casamento fui também “nomeado” para ser um dos seus padrinhos. Claro que aceitei a “nomeação”. Que responsabilidade!
Pensei de imediato que teria de produzir o filme. E assim foi.
Como tenho vindo a criar objectos mais próximos do género documental que se afastam do típico filme de casamento, busco por tudo aquilo que possa acrescentar conteúdo, valor, para que este não seja apenas mais um objecto “fofinho”, repleto de imagens bonitas, mas oco, vazio e igual a tantos outros. Procuro por uma verdade.
Nesta celebração em particular, foi muito fácil encontrar uma identidade para o filme, essa verdade. Estávamos todos ali para festejar uma união e não preocupados em cumprir os procedimentos comuns de um casamento.
Do mesmo modo que a Joana e o Miguel dizem um para o outro, gosto de ti assim como és, pretendo que ao verem o filme se vejam como são, como somos.